the NachtKabarett

Sem dúvida, a faixa mais esotérica, volátil e numerologicamente tingida no "Antichrist Svperstar" é a sexta música (seis; número do homem), "Cryptorchid." O título em si deriva da condição conhecida como criptorquidismo, que é o estado de amadurecimento masculino, onde apenas um testículo sai da cavidade corporal depois do nascimento. No contexto da música e álbum, "sete," como na Bíblia, é igualado para representar Deus/Paraíso, e como o verme está inapto a "aprender o número sete" é uma referência à transformação (ou presente ausência) do nosso protagonista Manson como "O Verme" dentro do todo poderoso "Antichrist Svperstar," como Shiva, o destruidor dos mundos.

Robert Oppenheimer, o físico que encabeçou o Projeto Manhattan, usou esse descritivo para ilustrar o advento da bomba atômica, "... agora eu me torno a Morte, o destruidor dos mundos..." como parafraseado da escritura sagrada da cosmologia Hindu, o Bhagavad-Gita. Da mesma forma que a bomba atômica é um tópico que Manson tem evocado continuamente e particularmente dentro da era "Holy Wood"devido a seu paralelo, a bomba em si representa transformação, começando com um fraco e instável átomo de urânio 235 e com isso sofre uma transformação (fissão, ie - separação) e desencandeia a força mais poderosa já produzida pela humanidade. Muito parecido com representação do "Verme" no "Antichrist Svperstar."

Durante uma entevista no inverno de 2001 para a MTV Alemã, Manson disse que, embora não seja necessariamente a mais positiva, ela é, certamente, a criação mais importante desde o advento da humanidade. Representando no contexto da Tripytch a transformação florescente que se desdobra.

Screenshots do vídeo da "Tourniquet," representando o Manson submetendo-se ao processo de transformação metafórica do Verme, a crisálida e então a emergência como o Antichrist Svperstar

Como Manson canta:

É a referência mais potente e notória à natureza divina e simbolismo dos números presentes ao longo de sua arte, junto com a música "Posthuman" do "Mechanical Animals" apenas dois anos mais tarde. Como delienado acima, o número sete é tradicionalmente considerado o número mais perfeito; personificação de Deus na Bíblia e perto de todas as outras teologias. Sua conotação é uma que dá atenção tão notoriamente como outra ciência oculta, que é a alquimia.

Havia um total de sete "planetas" que foram adorados e cujo conhecimento era privado aos anciãos. Eram eles, O Sol, Mercúrio, Vênus, A Lua, Marte, Júpiter e Saturno. Na filosofia alquímica, cada um desses "planetas" estavam ligados para representar um metal. A purificação e transformação no qual o objetivo era criar ouro, o metal mais valioso, estimado e divino conhecido pelo Homem. A chave para a alquimia, entretanto, está na sua busca verdadeira e metafórica; a transformação do praticante. Como podem deduzir, uma vida de busca para criar o outro dos metais base não é igual no valor monetário de uma vida inteira gasta que pode ou não render um oz do metal. A verdadeira busca e ideal da alquimia é o microcosmo que a purificação e sublimação dos metais base é, na realidade, um microcosmo para ascenção da alma e purificação dos magos que estão perfomando o ato. Os metais base "impuros" são representativos dos desejos e elementos impuros de cada individual que deve superar para ascender a um nível mais alto. Como tal, a alquimia tem sido um tema recorrente ao longo do "Antichrist Svperstar," "Mechanical Animals" e "Holy Wood (In the Shadow of the Valley of Death)" e o conceito de evolução/transformação é a alegoria que todos os três álbuns da Triptych transmitem, todos eles, quando vistos juntos, formam uma entidade conceitual.

 

 

"Mechanical Animals"; lançado dia 15 de Setembro de 1998, contendo 15 faixas e estreiando a nova identificação numerológica do Manson. MAR1LYN MAN5ON AND THE MECHANICAL ANIMALS

Exemplo do "15" integrado dentro do encarte do "Mechanical Animals"

Representado embaixo da caixinha do CD "Mechanical Animals" com o que é conhecido como "A Escala do Coma de Glasgow," incialmente publicado em 1974 na Universidade de Glasgow. A escala é uma gradação pontuada da gravidade e imersão do estado de coma que vai do 1, sendo do coma mais profundo ou morte, ao 15, que é quando a pessoa está consciente. Outro paralelismo ao 15, dentro da tecelagem conceitual do 15 sendo um número de suprema realização ou transformação, vendo a escala metaforicamente, o estado mais alto de consciência pode ser visto para representar a culminação da ascenção da alma a seu próximo nível, na veia similar de seu uso dentro do "The Long Hard Road Out of Hell," se interpretado como um simbolismo mais profundo.

Interior do encarte do álbum embaixo da caixinha do CD "Mechanical Animals."

Adicionalmente, e junto com o 15 coincidindo com a escala, "Coma" ou "Coma White" representa dentro do álbum e da Triptych como a perfeição inalcançável que é buscada eternamente, e que não existe, na verdade. Personificada como uma garota malfadada, uma "manequim da depressão" que Manson/Omega é apaixonado. Como esse ideal é uma farsa, coincide com a grade do 1 na escala, sendo o estado mais profundo do coma e existência sem corpo, como a imersão no ideal não existente de perfeição (ser um interesse amoroso, fama, sexo, drogas, religião e assim por diante) é vivido menos romanticamente, mas um tanto amordaçado do verdadeiro interior. Isso pode ser visto através da pílula "Coma" que forma o CD do "Mechanical Animals."

Para uma maior elaboração nessa metáfora complexa dentro do "Mechanical Animals," veja a seção Coma White do NACHTKABARETT. Junto com o encarte, a escala do Coma também foi feita "animada" para ser utilizada dentro do ComaWhite.com, um site escondido dentro do MarilynManson.com, a URL pode ser encontrada dentro do encarte do "Mechanical Animals."

Screenshots do vídeo da "The Dope Show" que aparecem rapidamente durante a introdução da música. Esquerda: Uma sensividade de um dos aparatos médicos que está colocado no nível 15. Direita: Um número de medida de outro dispositivo médico que soma 8 + 4 + 3 + 0 que é igual a 15.

6, a soma de 1 e 5, tem junto com as conotações da queda do homem e natureza imperfeita, também relações com a carta "Os Amantes" do Tarô que simboliza tentação, escolha independente, beleza. Tudo que corresponde ao orgulho do homem, vontade e expulsão do Jardim do Éden. Como ilustrativo disso, Manson é representado na capa do álbum como a personificação do Mercúrio, o Andrógino que tem 6 dedos em sua mão esquerda para representar o Nephilim, ou "Caídos"; metade humano, metade híbridos de anjos que podem ser encontrados na Bíblia, bem como ao longo da mitologia Grega como uma raça malfadada, que nunca quis existir, que foram ditos terem nascido com 6 dedos.

Esquerda: "Domingo de Páscoa," aquarela por Manson. Direita: Detalhe do "Mechanical Animals," mostrando o sexto dedo angelical do Manson.

Screenshots do vídeo da "I Don´t Like the Drugs (But the Drugs Like Me)." Uma sátira dos programas matinais sensacionalistas Americanos, o canal fictício do que essa charada está sendo transmitida do Canal 15, como visto na marca d´água na parte de baixo na direita. Os convidados que estão expurgando publicamente seus segredos mais profundos e sujos para o prazer do público Americano. Implorando por punição para abraçar seus "15 minutos de vergonha."

Literalmente significando "O Fim." A última letra do alfabeto Grego que Deus proclamou "Eu sou o Alpha e o Omega" (Apo. 1.8), ou "Eu sou o começo e o fim." A adoção do símbolo Omega pelo Manson como seu emblema e persona durante a era "Mechanical Animals" foi feita para representar o estágio final de sua evolução; o clímax da transformação que ele sofreu no álbum anterior, "Antichrist Svperstar."

Notavelmente, mantendo os significados numerológicos da era, um total de 15 teclas de computador podem serem vistas na testa do Manson/Omega dentro do logo. Veja também: Omēga na seção Logos & Simbologia do NACHTKABARETT.

Coincidentemente ou não, a letra "O" é a 15ª letra no alfabeto Inglês, na qual "Omega" é a letra equivalente no alfabeto Grego. Mais tarde Manson colocou a letra "O" em igualdade com sua personificação do Omega em uma citação dentro da 15ª e escondida faixa do "Mechanical Animals,"

Embora não necessariamente relacionado ao 15, a música "Posthuman" que é a mais esotérica e de longe a mais carregada de simbolismo, faz várias referências numerológicas, particularmente relacionadas à visão Cabalística da divindade dos números. Nesse caso, entretanto, em um ponto de vista mais mordaz e existencialista da divindade sendo sempre fora de alcance, intangível e não quantificável. Adicionalmente, "Posthuman" é a faixa 7 no álbum, o número de Deus e divindade.

O conceito dos número divinos, e da mesma forma os números que simbolizam divindade, são éons de uma antiga crença consagrada dentro dos filtros do pensamento oculto e Cabalístico. As aplicações dessa extensão como variado por Leonardo DaVinci, incluindo o Aspecto Divino/Dourado dentro de suas obras primas e a divina correspondência com a Sequência Fibonacci à Cabala com seu sistema de correspondências altamente complexo conhecido como Gematria, onde cada letra é assinada a um valor numerológico e as somas das letras e frases são interrelacionadas na crença de que o idioma Hebreu, tanto como o Torah são pensados para ser o código enviado à Terra por Deus. É nessa visão que está o verdadeiro nome de Deus, pela natureza da filosofia, um número a ser decifrado.

Essa é uma crença que Manson foi firmemente ciente, ambos dentro do contexto da "Posthuman," como ao longo do "Holy Wood" como ele mesmo citou abaixo diretamente sobre ter camadas numerológicas escondidas, tanto como o 15, dentro do "Holy Wood" Veja também: Marilyn Manson, Fibonacci & 'Holy Wood'.

MM. A representação Numeral Romana de 2000. "MM=2000" era a maneira que Manson assinaria suas mensagens online antes do lançamento do "Holy Wood," como uma argumentação numerológica e oculta da era que estava iminentemente sendo cultivada.

 

 

"Holy Wood" foi o retorno completo ao ocultismo, somado com fortes influências alquímicas e obscuras. Antes de seu lançamento, ele revelou em uma breve notícia no MarilynManson.com que,

evocando não só a influência dos Beatles, o martírio precoce de John Lennon e colocando-se a par com o trabalho mais pesado, multifacetado e conceitual até agora, assim como foi o "White Album" dos Beatles.

O álbum foi amarrado e atuou como a culminação da Triptych. Alusões que não tinham sido tocadas desde o "Antichrist Svperstar" em 1996, o álbum que começou a Tripytch, foram exumadas. Temas e caráters prevalecentes ao longo dos dois álbuns anteriores foram moldados em um único álbum e expandidos, essencialmente fechando o ciclo da obra prima do Manson e fazendo o seu melhor para resolver tudo dentro da história, apesar do não lançamento do livro "Holy Wood" que estava para ser lançado juntamente com o álbum.

A carta do Demônio no Tarô. Esquerda: A versão que Manson reinterpretou para o encarte do "Holy Wood." Direita: A representação tradicional feita a partir da versão de Edward Waite. Significantemente, o número da carta do Demônio é, sem coincidência, 15 e adicionamente é a carta do Tarô que é associada com o signo do Manson; Capricórnio. Para mais do Marilyn Manson e sua reinterpretação do Tarô, veja The Tarot, 'Holy Wood' & 'Antichrist Svperstar'.

O "Holy Wood" e os meandros e imagem da Triptych são detalhadas ao longo de todo o site de uma maneira exaustiva e enciclopédica, nomeadamente: The Tripytch, Valentine's Day, Hidden Sites, Alquimia & Cabala, Celebritarianism, Coma White e várias outras seções do Nachtkabarett. Entretanto, há poucas e diretas referências à numerologia e ao 15 ao longo do álbum...

Como referenciado antes, a carta do Demônio no Tarô corresponde ao Capricórnio, que é o signo do Manson e também a 15ª carta no Major Arcana do Tarô, que Manson reinterpretou dentro do encarte. Significantemente em relação ao 15 e a história da Triptych, "Coma Black," que é a "sequela" ou epílogo da "Coma White," é a música mais épica do álbum e é a 15ª. Ou em outras palavras, uma direta continuação da última faixa do álbum obcecado com o "15," "Mechanical Animals."

Para uma delienação completa da "Coma White/Coma Black", refira-se à seção Coma White do NACHTKABARETT. Em essência, a faixa representa o ponto de volta irreversível no álbum e o momento de revelação onde a intenção de Adão/Manson/Omega tornou-se uma concha de sua forma e deveria ser destrúida para se salvar. E assim, a faixa 15 significa outra transformação começada.

Embora não descaradamente esotérica, o "Holy Wood" foi aberto no meio de 1999 com a música "Astonishing Panorama of the Endtimes"

 

 

O "The Golden Age of Grotesque" atuou como uma das transformações mais dramáticas dentro do domínio do inesperado com a direção sendo empreendida. Toda a era tem sido uma renúncia quase completa do Marilyn Manson que conhecíamos até 2002/2003. O oculto, esotérico e diatribes contra a religião e sociedade foram substituidos totalmente com arte, vaudeville, burlesco e expressionismo. Temporariamente renunciado, mas evidentemente não esquecido como demonstrado com a seguinte declaração feita pelo Manson no fórum de perguntas/respostas conhecido como "O Oráculo" no MarilynManson.com antes do lançamento do álbum, em relação ao álbum ter 15 faixas:

Clique aqui para ver um arquivo completo do Oráculo do MarilynManson.com, Primavera de 2003.

 

 

Dois detalhes do emblema "Celebritarian Corporation" do Marilyn Manson. Como pode ser visto pelos dois closeups, um total de 15 punhais podem ser vistos na cabeça do Manson na esquerda, enquanto 15 Cruzes Duplas Celebritarian estão em volta do selo Celebritarian.

 

 

A faixa mais significativa no "Eat Me, Drink Me" faz duas menções distintas dos tempos em que a música foi escrita e conceitualizada. A primeira,

Como discutido dentro da seção Lolita & Evan Rachel Wood do NACHTKABARETT, Em um caso de extrema sincronia da vida fazendo paralelos com a arte, 6:00am marcou a primeira vez que Humbert Humbert e Lolita fizeram amor dentro da novela "Lolita," que atuou como inspiração para a faixa "Heart-Shaped Glasses" entre muitos outros elementos no álbum. A segunda vez mencionada dentro da música,

atua como uma inserção puramente e notoriamente numerológica do "número mágico" do Manson. A hora 6:19am não aparece em nenhum momento dentro da novela "Lolita," mas entretanto 6:19am é outra alusão obscura ao 15 com 6 + 9 = 15.

Uma referência mais irônica (embora não relacionada ao 15) durante a turnê Rape of the World em 2007/2008. Esquerda: Jaqueta decorada com o "333 Half Evil" durante os shows da era "Eat Me, Drink Me." Direita: Um paralelo antigo; uma ilustração do newsletter do fã clube em 1995. A dualidade/complementaridade implicada no trocadilho que é remanescente do significado da Cruz Dupla e, claro, a própria duplicidade do Marilyn Manson.

 

 

O lançamento do Marilyn Manson em 2009, que é o primeiro álbum com a reunião do parceiro Twiggy Ramirez - que coescreveu a Triptych do "Antichrist Svperstar," "Mechanical Animals" e "Holy Wood" adicionalmente reexplora várias facetas e referências das evocações passadas feitas pela banda. Nominalmente, temas Bíblicos subversivos, o oculto e, nesse caso, numerologia.

Embora colocado uma semana depois, a data original de lançamento era 19 de Maio de 2009, também representado como 5/19; 1 + 5 + 9 = 15. O álbum vai muito além ao conter uma faixa intitulada "15" sendo a décima quinta faixa no álbum. O número que Manson usa continuamente para identificar-se e desse modo atua como o momento de "redenção," ou pelo menos auto realização no álbum. Algumas das primeiras palavras que Manson revelou sobre essa faixa, bem como sobre o álbum como o todo são:

 

Na profrana décima terceira faixa do álbum, "I Have to Look Up Just to See Hell," Manson repete,

Essa é uma referência ao Evangelho de São João, onde podemos ler

Enquanto normalmente é usada a Versão de Rei James para essas referências bíblicas, parece que nessa instância, o Manson nunca deve ter usado a Nova Versão Internacional, como o texto é mais próximo das letras do álbum – “A luz brilha na escuridão, mas a escuridão não entendeu.”

Esse é onde talvez a sutileza mais interessante esteja enterrada: uma referência sobre outra referência. O capítulo e verso desse particular trecho bíblico? João 1:5. Com a proeminente reaparição do número 15 no The High End of Low, isso não pode passar despercebido.

Correlacionando acima, a capa do single da "Arma-Goddamn-Motherfuckin-Geddon" contém um símbolo Maçônico enigmaticamente obscurecido à esquerda do Manson. Relacionando-se diretamente ao São João, conforme ao verso anterior, a suástica de compassos é um emblema de São João, o Evangelista. Enquanto da mesma forma, a ilustração como um todo, intitulada "Os Braços dos Maçons," de Carl Alexander Heideloff, é datado com o ano de 1515.

Detalhes da gravação original, os "Braços dos Maçons" e o compasso da suástica que é um emblema Maçônico de São João, o Evangelista. Para mais em relação a esse símbolo, bem como a imagem dentro do encarte e vídeo do single, veja a seção 'Arma-Goddamn-Motherfuckin-Geddon' do The NACHTKABARETT.

Mantendo a potência da ação calculada, a capa do álbum foi da mesma forma revelada à internet através do MarilynManson.com no dia 15 de Abril de 2009.

 

 

 

 

S e e   a l s o   o n   T h e   N A C H T K A B A R E T T :