the NachtKabarett
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All Writing & Content © Nick Kushner Unless Noted Otherwise
Translation by: Heather Quick
MARILYN MANSON - OMEGA MESSAGE 0157.29.99
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É hora do mundo deles ser destruído. É hora para uma nova era, a Era de Horus. É hora para um novo padrão, uma nova tela, e um novo artista. Devemos esquecer essa geração desgastada e vamos amputá-la antes que a mente apodreça. Pinte, grave, escreva antes que eles te matem lentamente com sua estupidez venenosa. Se faça ouvir.
A Internet é o seu dedo do meio para o universo, não os deixem quebrar isso.
Foda-se o mundo deles. Vamos fazer o nosso.
A terceira e última Besta
Marilyn Manson
O Novo Éon, A Era de Horus, foi uma frase citada por Manson em mais de uma ocasião conduncente ao lançamento do "Holy Wood," fazendo uma referência ainda mais esotérica a Aleister Crowley.
A Era de Horus foi citada no "O Livro da Lei," sendo o angular da filosofia de Aleister Crowley, e seu texto/criação foi o evento em sua vida, onde Crowley acreditou ser a ocasião mais importante dali, e que ele próprio só foi o instrumento. O Livro proclamou a aurora do Novo Éon (ou período de 2.000 anos regrado por uma divindade elemental), A Era de Horus e delineou a Lei de Thelema, "Faze o que tu queres há ser toda a Lei. Amor é a Lei. Amor sob Vontade" como discutido no artigo Marilyn Manson & Aleister Crowley no The NACHTKABARETT.
Predominantemente citado algumas vezes pelo Manson em seus posts online, A Era de Horus marca o começo do Novo Éon, proclamado por Aleister Crowley que começou em Abril de 1904 quando "O Livro da Lei" foi transcrito. Sua definição base vem da crença da regência de três deuses cuja influências tem uma força determinada do destino do mundo ao longo de seu reino na Terra. Primeiro Isis, cujo reino foi categorizado como matriarcal, nutrido. O próximo foi seu marido, Osiris, cuja influência foi categorizada como patriarcal, destrutiva e de tumulto, por isso foi durante esse período que as eras medievais começaram. O próximo da fila é Horus, o filho de Isis e Osiris; essa é a Era de Horus, a era que vivemos hoje. Enquanto Horus governante é uma criança, o começo de seu reino (ie - o começo do século XX) é categorizado como primeiramente caótico, dando nascimento às novas maneiras de pensar e esse idealismo "infantil" que deu nascimento a tais movimentos radicais dessa era, como o fascismo, comunismo e manias de todos os tipos que obcecam a humanidade. O princípio desse ser que ao longo de sua era iremos testemunhar a criança amadurecer e, assim, a estabilidade do mundo solidificar em caminhos mais harmoniosos de pensamento.
O ENTRETENIMENTO ADULTO ESTÁ MATANDO NOSSAS CRIANÇAS?
OU MATAR NOSSAS CRIANÇAS ESTÁ ENTRETENDO OS ADULTOS?...
O álbum finaliza o que o “Antichrist Svperstar” começou e sua sonoridade é diferente de qualquer outro dos nossos álbuns. Posso dizer, entretanto, que é a criação mais violenta, e ainda assim bonita que fizemos. Minhas inspirações vão da alquimia, minha associação com o O.T.O., JFK e a Bíblia Sagrada. Isso é uma trilha sonora para o mundo que está sendo vendida para crianças e então sendo destruído por elas. Mas talvez isso seja exatamente o que ele merece.
Tenho esperança por uma humanidade nova e mais forte. Uma era de esclarecimento, uma Era de Horus. Os "grandes" são apenas "grandes" porque estamos de joelhos. É hora de levantar e criar.
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Há uma linha tênue entre psicose e criação. Quem vai dizer que loucura não é puro esclarecimento?
VOCÊ SÓ PODE FAZER!
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MARILYN MANSON
A TERCEIRA E ÚLTIMA BESTA.
Proclamando a Nova Era, A Era de Horus, como algo de um mastro de bandeira ou grito de guerra durante o nascimento do "Holy Wood," ambos atuaram como algo de uma unção ou Batismo para o novo álbum e era, mas também atua simbolicamente como o anúncio do Manson de sua própria Grande Transformação nessa era. Foi essa era também que Manson proclamou seu "envolvimento" como o O.T.O. como sendo uma grande influência no "Holy Wood." Isso, claro, pode ser visto diretamente dentro do encarte do álbum; o simbolismo, as cartas do Tarô e mais importante: a temática das letras e direção.
Como citado pelo próprio Crowley na introdução do "Livro da Lei" no Novo Éon/Era de Horus:
IV.
O novo éon
O terceiro capítulo do Livro é difícil de entender, e pode ser muito repugnante para muitas pessoas nascidas antes da data do livro (abril de 1904). Ele mostra as características do Período no qual estamos agora entrando. Superficialmente, elas parecem horríveis. Nós já vemos algumas delas com terrível clareza. Mas não tenha medo!
Ele explica que certas "estrelas" (ou agregados de experiência) vastas podem ser descritas como Deuses. Um destes fica no encargo dos destinos desse planeta por períodos de 2,000 anos. Na história do mundo, tanto quanto conhecemos acuradamente, existem três Deuses desse tipo: Isis, a mãe, quando o Universo era concebido como um simples alimento drenado diretamente dela; esse período é marcado pelo governo matriarcal.
Depois, começando em 500 A.C., Osiris, o pai, quando o Universo foi imaginado como catastrófico; amor, morte, ressurreição, como o método pelo qual experiência era construída, isso corresponde aos sistemas patriarcais.
Agora, Hórus, o filho, no qual viremos a perceber eventos como um crescimento contínuo compartilhando em seus elementos com ambos os métodos, e não sendo vencidos pelas circunstâncias. Esse período presente envolve o reconhecimento do indivíduo como a unidade da sociedade.
Nós percebemos nós mesmos como explicado nos primeiros parágrafos deste ensaio. Cada evento, inclusive a morte, é somente outro acréscimo a nossa experiência, livremente desejada por nós mesmos desde o início e, portanto também predestinada.
Esse "Deus," Hórus, tinha um título técnico: Heru-Ra-Ha, uma combinação de deuses gêmeos, Ra-Hoor-Khuit e Hoor-Paar-Kraat. O significado desta doutrina precisa ser estudado em "Magick" (Ele é simbolizado como um Deus Cabeça-de-Falcão entronado)
Ele rege o presente período de 2,000 anos, começando em 1904. Em toda parte seu governo deita raízes. Observem vocês mesmos a queda do senso de pecado, o crescimento da inocência e da irresponsabilidade, as estranhas modificações do instinto reprodutivo com tendências a se tornar bissexual ou epiceno, a confiança infantil no progresso combinada com medo pesadelesco de catástrofe, contra a qual nós já estamos parcialmente não querendo tomar precauções.
Considere o afloramento das ditaduras, somente possíveis quando o crescimento moral está em seus mais primevos estágios, e a prevalescência dos cultos infantis como Comunismo, Fascismo, Pacifismo, Doenças Mentais, Ocultismo, em quase todas as suas formas, religiões sentimentalizadas até o ponto de praticamente extinção.
Considere a popularidade do cinema, do rádio, da loteria esportiva e competições de adivinhação, todos mecanismos para acalmar bebês irritadiços, nenhuma semente de finalidade neles.
Considere o esporte, o entusiasmo infantil e a fúria que ele provoca, nações inteiras perturbadas por disputas entre garotos.
Considere a guerra, as atrocidades que ocorrem diariamente e deixam-nos impassíveis e dificilmente preocupados.
Nós somos crianças.
"O Olho de Horus na Pirâmide do Fogo, radiando o esplendor solar. Um dos emblemas da Aurora Dourada usados por Crowley"The Confessions of Aleister Crowley
V.
O próximo passo
A democracia treme. O Fascismo feroz, o Comunismo cacarejante, fraudes iguais, zanzam loucamente por todo o globo. Eles são nascimentos abortivos da Criança, o Novo Éon de Hórus.
A evolução faz suas mudanças de maneiras antissociais. O homem "Anormal" que prevê o curso dos tempos e adapta as circunstâncias inteligentemente, é gozado, perseguido, até mesmo destruído pelo rebanho; mas ele e seus herdeiros, quando a crise chega, são os sobreviventes.
O Fascismo é como o Comunismo, e desonesto na barganha. Os ditadores reprimem toda arte, literatura, teatro, música, notícias, que não se encaixem em seus requerimentos; porém o mundo só se move pela luz do gênio. O rebanho será destruído em massa.
O estabelecimento da Lei de Thelema é a única forma de preservar a liberdade individual e assegurar o futuro da raça.
Na palavra do famoso paradoxo de Comte de Fénix. A regra absoluta do estado há de ser uma função de liberdade absoluta de cada vontade individual.
Liricamente dentro do "Holy Wood," está uma particular e sultimente indireta referência à Era de Horus, na música rica em simbolismo, "A Place in the Dirt." Conveniente com várias referências à Kennedy e seu assassinato com Manson retratando-se, em personagem, o papel do grande martírio:
Me coloque no desfile de carros,
Me coloque na parada da morte
O próximo trecho que segue, "Me vista e me faça o seu Deus Moribundo," é uma referência, claro, à ideia do martírio, mas também da aurora do Novo Éon. Dentro da filosofia de Aleister Crowley e em relação à Era de Horus, os "antigos deuses," aqueles do Cristianismo, Islã, Budismo etc, são quem minguam em sua influência e reino na humanidade. Eles são os "Deuses Moribundos." Como tal, Manson sendo o Deus Moribundo é uma alusão ao martírio dele, assim como Cristo foi e o tema perpétuo de martírio dentro do "Holy Wood," ainda que a linguagem e contexto desse rótulo seja outra referência à Era de Horus. "O "Deus Moribundo" é Cristo, isso significa que o Thelema transcende o Cristianismo," do "The Confessions of Aleister Crowley."
ALEISTER CROWLEY, THE LAW & ABBEY OF THELEMA, THE BOOK OF THE LAW AND ANTICHRIST SVPERSTAR