the NachtKabarett
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All Writing & Content © Nick Kushner Unless Noted Otherwise
Translation by: Heather Quick
"Les Fleurs Du Mal," exposição que aconteceu ao redor do mundo entre 2007 e 2008 e foi nomeada a partir do título de uma aquarela que foi revelada no MarilynManson.com no meio de 2006. Na época que foi mostrada pela primeira vez, foi o período onde o Manson esteve totalmente imerso na composição de seu filme, "Phantasmagoria: The Visions of Lewis Carroll." Como tal, muitos dos quadros lançados simultaneamente tinham temas similares e reinterpretações do mundo de pesadelo de "Alice no País das Maravilhas" de Carroll. "Les Fleurs" notavelmente evoca o capítulo "O Jardim das Flores Vivas," como contido abaixo tanto na ilustração do livro original, como na adaptação feita pela Dsiney (para mais sobre as passagens, veja 'Against All Gods').
O título do quadro, entretanto, evoca uma referência muito mais profunda e complexa da incendiária coleção poética durante a era do Romantismo, intitulada "Les Fleurs Du Mal" (ou "As Flores do Mal") de Charles Baudelaire. Outro, agora, clássico da literatura, à frente de seu tempo e subsequentemente censurado com diversas seções banidas da publicação inicial. O livro foi um lançamento muito controverso no Século XIX e considerado um "insulto à decência pública" pelo governo Francês, com o autor sendo multado e processado por desencadear isso no mundo. Um trabalho tão malevolente que sua proibição só foi elevada perto de 100 anos depois em 1949. Carregado de temas sugestivamente ocultos, alquímicos, vampíricos e Satânicos, "Les Fleurs" foi uma diatribe lascivamente decadente e vitriólica contra a moral, Deus e sociedade (bem como um dos favoritos do autor que vos fala), levando o sexo e morte como a realidade mais alta e sublime, enquanto flerta com sexo libertino e o tabu do lesbianismo.
Numa veia muito parecida com a do Marquis de Sade, Nietzsche e Freud, Baudelaire seria mais tarde relacionado como um iconoclasta e herói do movimento Surrealista por sua filosofia, que foi relacionada com as antíteses da moralidade e ideais na época em que ele viveu.
"Les Fleurs Du Mal" ou "As Flores do Mal," o livro altamente controverso de poesia erótica e insidiosa, várias entradas das quais foram completamente banidas da primeira publicação em 1857. Direita: Um insólito exemplar do "Les Fleurs Du Mal" de Felix Bracquemond, 1857. |
"Outro livro que eu me inspirei bastante quando eu estava fazendo esse álbum, foi o "Flowers of Evil" do Baudelaire. Eu fiz esse quadro de duas flores em formato de coração que eram crânios e eu o intitulei de "Flores do Mal."
Manson performando ao vivo na parte Europeia da turnê Rape of the World no verão de 2007 . Uma versão animada do quadro "Les Fleurs Du Mal" pode ser vista se contorcendo e bamboleando na projeção ao fundo do palco durante a "The Nobodies." |
De kristt7 em 22/02/2003:
Eu fiquei muito interessado em saber se você já leu Baudelaire e o livro "Fleur du Mal." Sempre achei que havia uma conexão entre o vídeo da Dissasosiative (sic) e Baudelaire (quando a garota pega a flor da sua cabeça - Flor do Mal)!!!
Respondido por MM em 22/02/2003:
Sim, claro.
Para correspondências ocultas à imagem acima no clipe da "Disposable Teens", bem como no encarte do "Holy Wood", veja o artigo "Está terminado quando sete for um" na seção Alquimia e Cabala do Nachtkabarett. Vale mencionar que as rosas com hastes longas foram originalmente para substituir as setas na identificação do Manson a São Sebastião, como pode ser lido na folha de "atendimento" no vídeo.
Entre as paradas internacionais estão Miami, Brasil, Moscou e Colônia, onde a exposição foi feita no lendário Cabaret Voltaire em Zurique, Suíça; o berço do movimento Dada em 1916, que foi uma inspiração continuamente citada por Manson.
Em cima e embaixo são scans e imagens da exposição no Cabaret Voltaire, cedidas pelo amigo Peter-R Koenig, que escreveu o The OTO Phenomenon & The Laughing Gnostic : David Bowie and The Occult.
Clique para ver as fotos no tamanho real da estreia da exposição no Cabaret Voltaire em Zurique, Suíça, o berço do Dada. Scans por cortesia de Peter-R Koenig. ~ |
Da esquerda para a direita: Uma variação aparentemente alternada da "Les Fleurs du Mal" revelada na exposição feita na Rússia no final de 2007. "Grey Daisy," um Hitler hermafrodita entre columbines intitulado "Die Deutsche Kampferin” (para mais, veja Arte “Degenerada” e Fascismo) e "Yellow Daisy." |
"Alguém disse, "Por que você nunca pinta algo legal, tipo uma flor?" Então eu pintei uma, mas acabei usado apenas a água suja de outro quadro. Se eu não fosse eu, eu provavelmente ia querer esse."
As flores e Floriografia (Linguagem das Flores) têm sido uma inclusão sutil, porém recorrente ao longo de todo o trabalho do Manson. Às vezes na natureza Bíblica, ode à era do Romantismo, metáforas líricas ou simplesmente ironia, a seguir, serão mostradas várias referências em vídeos, arte e música, a outra "Flowers of Evil" por assim dizer.
Clique nas miniaturas acima para ver as cenas floridas nos vídeos do Manson. |
E o inferno é tão frio/Todos os vasos estão tão quebrados/E as rosas rasgam nossas mãos tão abertas
Eles cortaram as nossas gargantas/como se fôssemos flores/E o nosso leite foi devorado
Esquerda: "Além do limite." Manson na edição de verão da revista Fashion Rocks em 2005. Direita: Manson performando em São Petersburgo, Rússia na parte de verão da turnê Against All Gods em 2005. |
E seus tristes finais estão plantados em seus jardins/E esperam para crescer/E para morrer como flores também
Eles cortam nossos pulsos e nos enviam ao céu/A primeira flor depois da inundação
Eu continuo regando uma flor morta
Continuo regando uma flor morta
Continuo regando a flor morta
Continuo regando uma flor morta
Continuo regando uma flor morta
Continuo regando uma flor morta
Continuo regando uma flor morta
Tudo que eu faço é um pedaço de planta
Em algum dia poderia ter sido uma flor
E as coisas que as flores estão mortas
Eu continuo regando uma flor morta
Continuo regando uma flor morta
Não há o suficiente de mim para fazer um buquê
Não há o suficiente de mim para fazer um buquê
Paro de regar uma flor morta
Paro de regar a flor morta
Paro de regar uma flor morta
Aparentemente, outro exemplar revelado na exposição em Zurique é outro retrato de Elizabeth Short, mais conhecida como "The Black Dahlia" ("A Dália Negra"). Esse exemplar, intitulado "Wax Dahlia," é aparentemente atribuído como sendo um trabalho que Manson fez em 2002 e foi pintado em óleo e cera em tela, como uma renúncia da aquarela.
(Link para os créditos 1 e 2) )
Interessante e pertinente para notar nesse contexto, no entanto, é que a dália é, na verdade, um tipo de flor nativa da América do Sul. Short, por todos os contos, foi apelidade de "A Dália Negra" como um jogo de palavras por seu estilo obscuro de se vestir e cabelo, junto com um trocadilho ao filme "The Blue Dahlia" de 1946. Como uma relação tangente ao assunto, o "Fleurs du Mal" em si contém muitas composições diante da necrofilia com sua inclinação por cadáveres, particularmente aqueles de mulheres jovens, bonitas e flexíveis.
Para mais nas evocações e quadros da Elizabeth Short feitos pelo Manson, veja Elizabeth Short como A Branca de Neve; Marilyn Manson e a Dália Negra no Nachtkabarett
Todas as bocas dos meus lírios estão abertas/Como se implorassem por drogas e esperassem/O canto de suas pétalas amargas “Podemos expulsar, você não voltará”
Fotos de uma sessão promocional feita em 2007 pelo fotógrafo Perou que mostra um Manson romântico segurando um buquê com facas disfarçadas de rosas, materializando a invenção surreal destilada dentro da letra da música. Esquerda: Note o campo de papoulas pretas, um outro tipo completo de flores do mal, sendo a origem do opium. |
Cuidado com seu rosto, meu esperma é frio como o gelo/Buquê de facas, assassino
Esquerda: Guitarra Dean ML pintada à mão, decorada pelo Manson para o "Six-String Masterpices - The Dimebag Darrell Abbott Art Tribute," um leilão para ajudar o programa de educação musical "Little Kids Rock." Esquerda: "arte ou crueldade? Simplesmente uma flor," postado no álbum "Mobile Photos" do MySpace do Manson em 11 de Outubro de 2009. |
Você é uma flor que está murchando/Não consigo sentir seus espinhos na minha mão/Isso não é abraço, você enterrou fundo
Esquerda: 'O dia que escrevi "Devour"', uma foto que surgiu no MySpace do Manson em 20 de Dezembro de 2009 (leia mais sobre a criação da "Devour" e do "The High End of Low"). Direita: "Você é uma flor que está murchando..." Marilyn Manson chacoalhando freneticamente a frágil rosa na ponta de seus dedos enquanto cantava "Devour" no último show da turnê The High End of Low em Paris no dia 21 de Dezembro, antes de oferecê-la à Evan Rachel Wood que estava ao lado do palco. |