the NachtKabarett
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All Writing & Content © Nick Kushner Unless Noted Otherwise
Translation by: Lígia Freiberger and Heather Quick
“Estou procurando trazer de volta os Cristãos como alimento aos leões como um novo reality show”, ele disse. “Chame de ‘sobrevivente cristão, por Marilyn Manson’. Sou o novo Julio Cesar. A televisão provavelmente irá adorar, pois envolve religião, política e violência, e isso é o que faz o mundo girar hoje em dia... infelizmente.”'Advogado do Diabo' 26 de Julho de 2001. Manson meditando em Cleveland Scene.
Razoavelmente óbvia como a elaborada entrada sem igual documentada no DVD “Guns, God & Government”, Manson é conduzido ao centro do palco em uma carruagem puxada por duas mulheres nuas usando a cabeça de um cavalo. Este show em particular marcou o final da turnê em 8 de outubro de 2001 (5 anos após o lançamento de "Antichrist Svperstar"), e em fato foi um momento triunfante para Manson naquela esmagadora negatividade, ódio e centenas de mortes que foram jogadas contra ele após Columbine, mas que não foram capazes de destruí-lo. Esta folga na agenda da predominantemente conservativa America Cristã, serviu para Manson sair daquela tempestade de pedras como um Cesar, o grande perseguidor dos Cristãos, que jogava aos leões aqueles que colocassem Cristo acima da razão e se sacrificassem para serem imortalizados no paraíso como santos, que nos leva ao conceito do Celebritarianismo que surgira na era.
Cesar na realidade foi um ditador absoluto que forçava seus subalternos a adorarem-no como se fosse o Deus Júpiter na forma humana, e é de seu nome que os títulos despóticos da Russa “Czsar” e da Alemanha “Kaiser” surgiram. Mas no século XX e XXI, um “Cesar” é aquele que está em minoria como auto-piedoso e auto-conquistador. Os fins Cristãos são a personificação corrente da supressão intelectual e artística. Fazendo assim a personificação de Manson um contra-ponto muito adequado. O elemento da Carruagem, junto com os dois cavalos antropomórficos, obviamente ecoa o Tarô: embora Manson não tenha escolhido representar o arcana Carruagem em seu deck de Tarô no "Holy Wood", a visão implementa perfeitamente essa série e conclui a Odisseia relacionada.
Embora Manson se tornasse “Julio Cesar” sem a citação acima, é outro Cesar quem se acredita loucamente ser o Anticristo do livro Apocalipse de Daniel: Nero. Caio Julio Cesar, que viveu de 100 à 44 A.C. Não foi um perseguidor dos cristãos, já que fora assassinado 44 anos antes do nascimento de Cristo. Julio “Cesar” virou um titulo usado por muitos outros, entretanto foi Nero Cesar quem foi um notório perseguidor dos cristãos. Foi uma tendência criada por ele que iria continuar até o século III D.C, quando o Imperador Constantino proclamou o cristianismo como religião oficial de Roma, por razões políticas, apenas para manter o império intacto de separações vendo estar à mercê de divergências em áreas cristãs.
Nero Cesar, que viveu de 37 – 68 D.C, é quem certamente se passa pelo legendário Anticristo da Bíblia. Nascido como Lucius Domitius Ahenobarbus, sendo seu primeiro nome “Lucius” (latim: “luz”), que corresponde ao anjo expulso “Lúcifer” (“dono da luz”). Em Hebreu, onde para cada letra se tem um número (conhecido por Gematria), o valor numérico a Nero Cesar promove a soma de 666, o número da besta no livro Apocalipse. E mais, o dinheiro autorizado em Roma era a moeda com o perfil e nome de Nero encravado nela, corresponde ao verso no livro Apocalipse que diz: “Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.” (Apo 13:17 verso da versão do Rei James)
Com implicações muito sutis, a entrada no palco da era Holy Wood é uma faceta adicional da personificação do Manson do Anticristo, reinando acima da Cristiandade com fogo.
Não procuramos morte, procuramos destruiçãoMarilyn Manson, Running To The Edge Of The World
Na morte nós procuramos destruição
Em várias declarações à imprensa seguinte ao lançamento do "The High End of Low" em 2009, Manson foi além no processo de identificação, dessa vez utilizando a comparação para ilustrar sua tendência destrutiva a um ponto de sua reflexão, e o tema onipresente do fogo pontuando o novo álbum e imagem (o bom exemplo sendo o vídeo apocalíptico da "Arma...Geddon").
"Nesse álbum eu sinto como se pudesse me escutar quando escuto de volta, quase tornando-se Nero no fim disso e dizendo, "Quer saber? Se eu não puder ter amor, vou queimar tudo." Mas isso é um clichê."Marilyn Manson, entrevista para TheStoolPigeon.co.uk, 26 de Junho de 2009
"Eu quase desisti e me tornei tudo que eu pensava representar o oposto. Ao invés de ser aquela pessoa, eu quis desistir e me matar. Não consigo mais fazer isso. Eu era Nero esperando queimar a cidade. Ao invés daquilo, tornou-se redenção..."Marilyn Manson, entrevista para SuicideGirls.com, 10 de Junho de 2009
"Sim. Sou Nero e vou queimar a cidade. Se eu tivesse integridade para me matar, me mataria. Se eu tiver, não deixarei barato. Haverá uma centena de pessoas mortas antes."Marilyn Manson, entrevista para London Lite, Junho de 2009
Eventualmente, Manson continua a prestar homenagem ao grande vilão da história política do Império Romano na música "Blank and White", com uma citação literalmente emprestada de Calígula: "Gostaria que o povo Romano tivesse apenas um pescoço!", como mencionado em nossa página: The High End of Low - Evocações Líricas:
"Se o mundo tivesse um pescoço, minhas mãos estariam lá e eu estrangularia todos vocês"Marilyn Manson, Blank and White