the NachtKabarett
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All Writing & Content © Nick Kushner Unless Noted Otherwise
Translation by: Heather Quick
(Ilustrações em breve)
Dia 14 de Fevereiro, o Dia dos Namorados, é, sem dúvida, o dia mais importante e recorrente dentro da arte do Marilyn Manson. Manson deu um presente aos seus fãs virtualmente em cada Dia dos Namorados desde 2000. No dia 14 de Fevereiro de 2000, uma cover da música “Sick City” (para mais sobre o paralelismo entre o Manson e Charles Manson, leia a seção The Lamb Of God.com) do Charles Manson foi lançada via MarilynManson.com. Em 14 de Fevereiro de 2001, o site This As Valentines Day.com foi colocado no ar com Marina Oswald na capa da revista Time, a esposa Russa do assassino confesso de John F. Kennedy, Lee Harvey Oswald, publicada originalmente no dia 14 de Fevereiro de 1964. Ao clicar em um link escondido no broche da Marina, o visitante é levado a uma página contendo o capítulo do, ainda não lançado, livro do Holy Wood, que é o primeiro e único trecho revelado do livro até hoje. No dia 14 de Fevereiro de 2002, Manson nos deu, via seu diário online, dois vídeos de sua gatinha, Lily White, intitulados “Amo Você Com Todo o meu Coração” (que mostra Lily lambendo um prato de leite com um coração) e “Vou te Amar até a Morte” (que mostra Lily sentando na pélvis de um esqueleto que, pode ser, logicamente, o mesmo esqueleto que Manson disse ter obtido em um encontro OTO na Inglaterra em Outubro de 2000, em uma entrevista para Chuck Palahniuk). Por último, Manson nos deu a impressão de como seria o "The Golden Age of Grotesque" em 14 de Fevereiro de 2003 com o post “O Dia dos Namorados nos traz um novo gosto de travestismo” com a primeira foto em grupo com a nova banda e o vídeo “O Mecanismo do Desejo” documentando a nova imagem em celulóide digital.
Dentro da história da Tripytch, ADAM KADMON (o primeiro homem simbólico e idílico autobiograficamente como Marilyn Manson) que cresceu nesse mundo nosso, com seu idealismo e ódio diante da mesma hipocrisia e superficialidade da sociedade que o repreendeu e o obrigou a criar uma revolução. Mas só após ter sua revolução consumada e ter virado um produto a ser vendido e comercializado depois de ter se tornado parte da socidade, tentado e seduzido por suas luxúrias ele tornou-se o que cresceu odiando. Em um senso, "Mechanical Animals" é um álbum duplo; metade das músicas são cantadas pelo Mar1lyn Man5on, inocente, sensível e afetado pelo mundo ao redor dele e a outra metade sendo tocada pela fictícia banda Omega and the Mechanical Animals, hinos vazios sobre sexo, extravagância e drogas são o que o idealismo e a sensibilidade deformaram. “Você cortou fora todos os dedos e os trocou por notas de dólar”; metade do álbum lida com o conflito interno e dicotomia de ideais. A revolução foi consumada, a outra capa do álbum, com o Omega e os Animais Mecânicos ilustra isso quase literalmente. O rockstar vazio no qual ADAM se tornou agora tem dedos vermelhos prostéticos no lugar das mãos esculpidas e trabalhadas por sua revolução.
As letras dessas três músicas nos dão a dica dessa transformação que Adam sofreu e sua realização:
Irresponsible Hate Anthem: “Eu sou tão Americano, eu te venderia suicídio/Sou totalitário, tenho aborto nos meus olhos,” a cultura mórbida e fascinação da América onde morte é venerada é violência é a nova religião, “Eu odeio quem odeia, eu estupraria o estuprador/Eu sou o animal que não queria ser si mesmo,” uma auto-contradição sem ideais.
I Want To Disappear: “Me olhe agora/Não tenho religião/Me olhe agora/Estou tão desocupado/Me olhe agora/Eu era uma virgem/Me olhe agora/Cresci para ser uma prostituta,” a percepção do vazio e corrupção, “Ontem, cara, eu era um niilista/Hoje estou entediado pra caralho,” o idealismo e revolução falharam e foram trocados por sexo, drogas e televisão.
Born Again: “Essa arte fraca na sua bonita moldura,” o vazio do Omega; “Eu sou um macaco com o nome escrito errado,” Mar1lyn Man5on; “Eu sou outra pessoa/Sou uma nova pessoa/Sou alguém tão estúpido quanto você... Eu renascerei,” o prenúncio da transformação no "Antichrist Svperstar".
Em resumo, 14 de Fevereiro de 1997 representa o dia, performance e tempo (a convergência e conexão tridimensional da Triptych) da percepção que a revolução começou para mudar o mundo e foi marginalizada a outro produto de troca de idealismo por gratificação, a percepção de que ADAM tornou-se a hipocrisia que ele tentou derrubar quando era jovem e ambicioso. Se olharmos exatamente para o que é o Dia dos Namorados, a escolha da data, que é o ponto da percepção hipócrita, faz total sentido.
O Dia dos Namorados é o dia do amor e dos casais e o capitalismo favorito da Hallmark. O dia do feriado em si foi escolhido para ser celebrado porque, como TODO feriado Cristão, foi pego de uma adaptação dos rituais das datas pagãs em ordem de converter e espalhar o Cristianismo pelo mundo. Mesmo o Natal, por exemplo, foi meramente escolhido para ser celebrado no final de Dezembro para coincidir com o solstício do Inverno, uma das datas pagãs mais importantes e astrológicas do ano. O Dia dos Namorados, aliás, coincide com o feriado Romano do dia 15 de Fevereiro, a Lupercália. Na véspera dessa festa, em honra de Februata Juno, a deusa Romana do sexo e fertilidade, os garotos Romanos pegariam um pedaço de papel com o nome de uma garota cujo o acompanharia durante a celebração do dia seguinte, com esperanças de, eventualmente, se apaixonar e casar. O começo da tradição capitalista que chamamos hoje em dia de Dia dos Namorados.
Então, na essência, a celebração do feriado que conhecemos é meramente uma farsa hipócrita; rituais pagãos foram escondidos e ofuscados pelo ameaçador crescimento do Cristianismo. Anton LaVey, que Manson foi um forte aliado nesse tipo de abastardamento Cristão dos feriados pagãos, então encaixaria na rubrica de sua própria existência.
O nome foi dado depois que São Valentim, um padre que foi martirizado (espancado e então decapitado) em 270 A.C pelo imperador Romano Claudius II. A razão específica para ele ter sido decapitado, foi porque ele continou a realizar cerimônias na tradição Cristã, mesmo que Claudius tenha se declarado contra isso; e isso foi antes de Roma ter se convertido. Esse é outro aspecto dicotômico e hipócrita desse feriado. Ele foi morto porque ajudou outras pessoas a terem amor, então celebramos sua morte como o feriado do amor. Essa não é, no mínimo, uma prática incomum feita pela Igreja Católica para lembrar e comemorar as vidas dos santos pelo modo que eles morreram, bem como hoje, que as pessoas penduram a efígie de Cristo em suas paredes, no pescoço, colocam-o como um véu em um crucifixo, que é, na verdade, muito comum na tortura Romana. Outra Santa que pode-se tomar nota nessa moda, é Santa Apollonia. Ela foi uma mártir Cristã em 249 A.C, que teve seus dentes esmagados e quebrados com pinças, torturando-a e fazendo-a renunciar em nome de Cristo. Hoje a Igreja Católica deu a ela o título de santa padroeira da dor de dente.
Vivo com um Cristo adolescente,Long Hard Road Out of Hell
Sou um Santo, tenho um encontro com o suicídio,
Maria, Maria, ser jovem assim é, oh, tão assustador
Esse é o seguimento que Manson estabeleceu no "Holy Wood". Na terra fictícia de Holy Wood, morte é o que te faz uma celebridade e violência é a nova religião, onde os Santos dessa nova religião são estrelas mortas; essas dicas foram dadas no "Mechanical Animals", na música “Posthuman.” Durante a turnê Guns, God and Government, Manson usou uma túnica e uma mitra papal e cantou em frente a um altar com dois modelos de sua cabeça, enquanto tapetes de Santos que costumamos venerar estão pendurados ao lado dele; estrelas mortas como Elvis, James Dean, John Lennon, Marilyn Monroe, Charles Manson, entre outros, que não estão mortos, mas são lembrados hoje em dia por ter matado alguém. É a ideia e realidade que somos mais lembrados na morte do que quando estamos vivos. E se você é morto diante dos holofotes, isso vira uma imortalização, do mesmo modo que aconteceu com JFK e John Lennon. Esse é o significado por trás do termo “Celebritarianismo,” que nossa religião é baseada em morte; bebemos o sangue em forma de vinho e os corpos nós alimentamos em forma de comunhão; a ideia do Celebritarianismo, a devoração da celebridade como demonstrada por ser a primeira: Jesus Cristo. Veja também The Lamb Of God.com e Celebritarian.com.
Dia dos Namorados: Celebramos o amor através da morte. Porque na América, sua fama é baseada nisso, quando e como você morreu ou quem te matou, esse é o porquê das capas dos jornais estarem repletas. Não somos lembrados em vida, somos lembrados na morte. E se morremos jovens, somos martirizados; significamos mais do que se estivéssemos vivos. Porque:
NÃO QUEREMOS VIVER PARA SEMPRE, E SABEMOS QUE O SOFRIMENTO É MUITO MELHOR.President Dead