the NachtKabarett

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All Writing & Content © Nick Kushner Unless Noted Otherwise
Translation by: Heather Quick



Collaboration with Gilles R. Maurice

Por associar as iniciais da banda com os principais temas da era, esses Ms icônicos escorrendo sangue como se fossem garras seguem com o que foi iniciado com o “The Golden Age of Grotesque” e seus Ms em formato de águia, bem como os Ms góticos do Lest We Forget e o e o selo oculto Celebritarian. Sem dúvida, esse logo bem incomum e abstrato sutilmente joga com formas dinâmicas e pontudas, bem como algumas propriedades físicas incomuns para proporcionar uma complexidade de simbolismos relacionados às várias direções do álbum: ritual de sangue e matança, a jornada de "Alice no País das Maravilhas", simbolismo bíblico, e, obviamente, Vampirismo.

Clique nas miniaturas para cada conexão do Logo de Pregos.

 

Marilyn Manson | Rape of the World Tour 2007 - 2008 O logo de garras sangrentas do “Eat Me, Drink Me,” no qual ficou pendurado na frente do palco antes de cada apresentação da banda na turnê Rape of the World (2007-2008). A parte de 2007, no qual começava com o Manson cantando o hino gótico do álbum, “If I Was Your Vampire,” as cortinas cairíam para revelar a banda entre o adornado palco gótico, decorado com fumaça e candelabros. Note a semelhança com o M pintado de vermelho presente no poster do filme “M” de Fritz Lang que Manson pegou emprestado anteriormente.

 

 

Blood Painting

 

As árvores no pátio da corte estão pintadas de sangue/Foi o que ouvi
Ela pendura os decapitados de cabeça para baixo para secarem
Marilyn Manson, Eat Me, Drink Me
Eat Me, Drink Me
Marilyn Manson, Tim Skold | Rape of the World Tour 2007 - 2008Tim Skold no palco durante a turnê de verão da Rape of the World em 2007, com um display proeminente do palco gótico, decorado com candelabros, projeções de uma lua e relógios sinuosos ao fundo, Ms vermelhos sangrando, junto com o ambiente e iluminação mais dramáticos do que qualquer outra turnê da Marilyn Manson.

À primeira vista, a cor e forma evoca o sangue líquido escorrendo parede abaixo. Um sentimento enfatizado no painel “respingado” do MarilynManson.com, onde o sangue progressivamente transbordava para revelar os Ms, e mais sutilmente na capa do álbum, onde é inevitavelmente associado com o sangue, escorrendo da janela até a foto principal. Apesar da interpretação morna e líquida, os picos declinantes e afiados também podem ser vistos como estalactites, em uma caverna obscura, um covil de Vampiro ou um lugar infernalmente gelado (o que, de alguma forma, é remanescente da música “They Said That Hell's Not Hot”). Essas duas percepções antagônicas, de um altar encharcado e estalactites sangrentas são enfatizadas por uma curiosa particularidade do logo, que é o espaço minimizado acima dele. Ainda outra característica que faz esse logo ser único quando comparado à maioria dos logos existentes, é que está drasticamente preso em um quadrado vazio ao redor dele, para um melhor impacto visual na marca. A pintura em sangue também pode ser vista como uma interpretação doente do Manson em uma passagem de “Alice no País das Maravilhas,” na qual a Rainha das rosas brancas são erroneamente pintadas de vermelho, causando decaptação dos decoradores indelicados.

Screen de “Alice no País das Maravilhas,” da Disney, quando a Rainha dos Corações nota que suas lindas rosas brancas foram pintadas de vermelho por engano.
Transe comigo até percebermos que é inseguro E nós pintaremos
por cima da evidência
Marilyn Manson, Evidence
Eat Me, Drink Me

 

 

Vampirism

 

A interpretação mais evidente do logo, lembra um set de garras de vampiros derramando sangue dramaticamente, ilustrando os vários temas vampíricos do álbum. As referências ao Vampiro, que vão das metáforas devoradoras de Cristo no Novo Testamento, as conotações de David Bowie no papel do filme de vampiro fatal-romântico “The Hunger,” até ao óbvio status de celebridade como o Drácula do mundo moderno ou demagogo vampírico na cultura pop de hoje em dia. A alusão foi enfatizada no painel “respingado” do site e durante a turnê Rape of the World como a aparição do logo na cortina, que foi combinada com a introdução da primeira música do álbum: a balada gótica “If I Was Your Vampire.”

Três entre as maiores influências cinematográficas para os temas de terror/vampiro e estéticos da era Eat Me, Drink Me, que representa em seus respectivos posters, vários elementos remanescentes do logo do Manson, como as notáveis letras em sangue.

As formas de estacas sangrentas dão toda uma nova dimensão à identificação do Manson com o Vlad, o Empalador, que será repetida durante as projeções da turnê Rape of the World, com um campo de estacas em formato de cruzes duplas em um fundo vermelho. A sutileza dessas garras de vampiro desenhadas com sangue, refletem a preocupação do Manson de fazer uma alusão proeminente ao tema vampírico, mesmo evitando as representações vampíricas evidentes ou clichês, e nós, dispostamente adotando o rótulo de Nosferatu dos dias modernos sem provar de suas críticas.

Marilyn Manson | Rape of the World Tour 2007 - 2008 Poster NYCJaneiro de 2008. Display promocional da turnê de inverno da Rape of the World, com o Manson pintado em uma maneira apropriada como o Nosferatu dos tempos modernos.

 

 

Biblical Nails

 

Eu não me importo que você me deixe tenso
Se eu puder me fixar em você e você em mim também
Marilyn Manson, Heart-Shaped Glasses (When The Heart Guides The Hand)
Eat Me, Drink Me

Esquerda: vários desenhos tradicionais dos Três Pregos, com e sem a cruz de espinhos. Direita: um desenho similar com a configuração dos pregos invertida (que também evoca o Alfabeto de Punhais do Crowley), usado como uma janela dentro de um menu alternativo do DVD “Lest We Forget.”

Uma referência menos óbvia, entretanto confirmada pelo nome oficial, foi determinada no site de merchandise, o Logo de Pregos, é a alusão aos Pregos Sagrados, ou pregos da crucificação. Representado com frequência por três e, na maior parte do tempo, associado à coroa de espinhos, os pregos são frequentimente usados na imagem Cristâ, para representar a paixão de Cristo, no qual podemos associar à sensação de “pinos e agulhas” (ou dormência) Manson descreve, povocado por outro tipo de “paixão,” uma sensação diretamente evocada pela formato vermelho pontudo ao fundo obscuro, através de um processo quase-sinestésico (cores, formas, emoções e sensações são associadas em suas percepções).

Camiseta lançada em 1997 durante a era Antichrist Svperstar, mostrando uma versão melhorada do antigo logo da Igreja do Anticrhrist Superstar, bem como um trabalho gráfico complexo nas costas, contendo exatamente os mesmos pregos invertidos e a coroa de espinhos, desenho que seria usado mais tarde no DVD “Lest We Forget.”

Materializando a conexão Bíblica presente no título do álbum, enquanto enfatiza sua intrínseca violência, o logo marca um seguinte passo no processo de identificação ao Cristo. Crucificado no vídeo da Coma White, apodrecendo na cruz na capa do Holy Wood, e exibindo estigmata de sua ressurreição no vídeo da Personal Jesus Manson agora contrói suas próprias relíquias, os instrumentos de sua tortura ainda escorrendo sangue, expondo-os ao público e a massa, e significando seu último sacrifício, dor, paixão, ressurreição, e acesso ao status de ícone, como Cristo.

Me desculpe se seus sorrisos de domingo são pregos enferrujados
E seus comerciais de crucificação não deram certo
Marilyn Manson, Target Audience
Holy Wood

Interessantemente, na maioria das representações, os pregos vão através do “Marilyn” e “Manson,” literalmente colando ele, que também lembra as tradicionais estacas usadas para esfaquear os vampiros. Mesmo que apenas dois pregos estejam aparecendo aqui, o número três ainda é bastante presente, notavelmente com as três lanças declinantes formadas pelo prego e o sangue escorrendo de cada canto de sua cabeça, formando os dois Ms.

 

 

Looking-Glass

 

6:00am do Natal, sem escuridão, sem reflexões por aqui.
Marilyn Manson, If I Was Your Vampire
Eat Me, Drink Me

“E certamente o espelho estava começando a derreter, exatamente como uma névoa prateada.” Alice deixando a realidade para entrar na Casa Através do Espelho em uma ilustração de John Tenniel, do primeiro capítulo do livro relatado. Uma perfeita ilustração da capacidade de simetria de Carrol e Tenniel. Note a similaridade refletida no monograma “JT,” bem como a textura rachurada que o logo reproduz.

Não diferente da Cruz Dupla anteriormente usada (o significado no qual é ecoado no álbum com o título da música “You and Me and the Devil Makes 3”), os dois Ms refletidos, ilustra mais uma vez a dicotomia Marilyn/Manson, Eat Me/Drink Me. Reunido através de uma simetria incomum, aquelas duas entidades imperfeitas foram inteiramente um três, mais completo, que é remanescente do onipresente tema do amor (à morte), relacionamento e encontrar a outra metade.

O aspecto do espelho, sugerido pela mera simetria central, pode relacionar à ambos “Through the Looking Glass” do Carroll, como uma porta/cortina para realidades alternativas, e o tema vampírico, com o fato de que as criaturas noturnas supostamente não podem se ver em espelhos, mas também à própria mitologia do Manson, notavelmente com a música “The Reflecting God,” do Antichrist Svperstar.

Eu vejo meu horror refletido no pôr-do-sol do seu olhar vazio
Marilyn Manson, Eat Me, Drink Me
Eat Me, Drink Me

 

 

High/Low

 

“Muito esquisitíssimo;” transformação de Alice após ela ter comido o bolo com a anotação “me coma” (direita), que deu a ela a habilidade de crescer, na ilustração original de Tenniel, e uma versão extendida do logo dos Pregos em uma imagem na web anunciando a data de lançamento do álbum (esquerda), a peculiaridade do que parece ser diretamente derivado da experiência da Alice.

As proporções dramáticas desse enorme logo estão seguindo a tradição das cortinas gigantes que o Manson usa, jogos e expressionismo/ironia ao fascismo e assim por diante, como se essas marcas terríveis do demônio tivessem transcendido toda a extensão vertical da cortina, impondo poder e dominação diante do público, sem limites. O gigantismo é balanceado com uma impressão oposta do fundo do poço, o submundo infernal, perda de luz, que é remanescente do Bíblico “Abismo sem Fundo” (ou Toca do Coelho?) fazendo alusão para a música do Antichrist Svperstar 'Little Horn'. Também pode evocar as depressões mais profundas, a escuridão da decepção do amor e solidão recentemente experenciada.

Frame mostrando Alice crescendo, a versão da Disney sobre o conto. Note as linhas verticais cinéticas, que enfatizam o sentimento de crescer de repente, já proporcionado na animação, especialmente nas áreas dos olhos e boca.

Uma dinâmica de elevação é também perceptível, evocando ressurreição, ganho de poder e auto-realização. Sem dúvida, oposto à direção do sangue declinante, uma força cinética brutal de crescimento pode ser sentida, as linhas verticais comparando o símbolo à representação de movimento de um gibi, salto, decolagem, apenas para mergulhar em uma infeliz presa. A áurea do Manson levanta do palco, muito como sua própria encarnação da Terceira Besta do mar no vídeo da “Disposable Teens,” sua elevação como se fosse de Cristo na performance da Cruci-Fiction in Space na turnê Guns, God and Government, e eventualmente sua performance da “The Reflecting God” durante a turnê Rape of the World, com um truque de plataforma com fumaça, que agora relaciona-se com o repente crescimento da Alice quando ela come, e a própria elevação do Manson pelo amor. O logo é também usado como uma representação sinestésica do amor (elevação/alto) até a morte (sangue escorrendo/baixo).

Estudo na capacidade do logo de encolher/crescer verticalmente, que faz uma representação muito incomum ambas em sua concepção e no modo que é usado. Enquanto o lado vertical maximizado pode ser comparado aos Pregos da Crucificação ou um buquê de punhais afiados, um encolhimento total revela perfeitamente as garras do vampiro, o logo é uma ilustração da retrabilidade de seus caninos, e mais geralmente uma apropriação da capacidade de suas criaturas prodígio de transformação.

Outra característica desse logo é mais evocativa ainda da Alice e sua habilidade de encolher ou crescer, quando ela come ou bebe coisas: dependendo de onde é impresso, só pode ser ampliado se esticar verticalmente (como foi feito na imagem da web, presente acima da onde anunciava o lançamento do álbum). Sem dúvida, enquanto a maioria dos logos suportam um guia de estilo bem drástico, que deixa impossível qualquer alteração e ampliação necessária para preservar as proporções, esse infringe a regra dourada, com essa propriedade peculiar de encolher ou crescer verticalmente, dependendo de onde e por que é usado. Parece ser derivado diretamente da Alice e sua mudança de proporções quando come ou bebe os itens anotados. Esse tema de transformação está bem presente mais uma vez, e é talvez a característica do logo que aplica mais ao trabalho inteiro de arte do Manson, desde seu começo. Desse ponto de vista, o logo é muito próximo ao Mercury particularmente quando você também considera seus aspectos sólidos/líquidos anteriormente discutidos nesse artigo.

Essas propriedades antagônicas, dinâmicas e sentimentos de gigantismo/fundo, levantando/escorrendo, contração/expansão, alto/baixo, sólido/líquido estão em perfeita continuidade com as dicotomias do Eat Me/Drink Me, Marilyn/Manson e Lewis Carroll/Charles Dogson, e, obviamente, com a própria dualidade da Alice. O grande balanço entre “alto” e “baixo” é também remanescente do aspecto da Cruz Dupla Celebritarian ' e seu significado (Tanto embaixo, quanto em cima), bem como a descrição do sentimento do Manson na música “Heart-Shaped Glasses”: “Aquele azul está me excitando, me deixando triste”...

 

Marilyn Manson | Rape of the World Tour 2007 - 2008