the NachtKabarett
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All Writing & Content © Nick Kushner Unless Noted Otherwise
Translation by: Heather Quick
Na composição do "The Golden Age of Grotesque", uma das influências mais importantes que Manson citou foi a dos filmes. Um objetivo em compôr o álbum, foi de criar o inverso de um filme mudo; um filme com som, mas sem imagem, que pode ser entendido em qualquer idioma. Uma história contada, não por imagens, mas pela cadência da voz ou a dinâmica da música, bem como outros elementos sônicos. Alguns desses filmes que foram influentes e encaixaram tematicamente para diferentes elementos do "The Golden Age of Grotesque", bem como através de todo o trabalho do Manson, estão citados aqui.
L'AGE D'OR (THE GOLDEN AGE) | QUILLS | SALO: THE 120 DAYS OF SODOM
EL TOPO, HOLY MOUNTAIN & SANTE SANGRE | THE HAUNTED STRANGLER | BEGOTTEN
PHANTOM OF PARADISE | CABARET | SWING KIDS | FELLINI'S 8 ½
MOULIN ROUGE | THE BLUE ANGEL | SEVEN SINNERS | FROM HELL
Marilyn Manson (esquerda) durante o "The Golden Age of Grotesque". O sempre-versátil Gary Oldman (direita) como o Drácula, 1992. |
A versão feita em 1992 do filme “Drácula de Bram Stoker” provou ser uma influência de longa data no Manson, que começou predominantemente com a colaboração entre ele e Floria Sigismondi no vídeo da “The Beautiful People” e “Tourniquet” e apareceu novamente com o "The Golden Age of Grotesque". Ambas evocações de imagem e estética do retrato bizarro, às vezes surrealista do filme que se passa no Século XIX na Europa, tem sido um mecanismo que Manson utilizou em sua própria performance. Bem como a Dita, pela questão de similaridade à elegância da era Vitoriana em Londres, decorada por Winona Ryder.
Provavelmente uma das comparações mais similares do filme com o Manson, é aquela das cenas do hospício Carfax Abbey, dos aspectos nos quais são feitos com um tratamento e visuais que são um paralelo bem próximo dos vários elementos do vídeo da “Tourniquet.”
Acima está uma captura da cena do hospício já citada, aqui representando a mente lunática do paciente R.M. Renfield. Antes de Jonathan Harker, Renfield foi o primeiro empresário Inglês que se aventurou pela Transilvânia, ao comando do Conde Drácula, para o propósito de adquirir propriedades por toda Londres em nome do Conde. Ao chegar em Londres depois de sua visita ao Leste, Renfield voltou totalmente louco, falando de nada além de sua servidão ao seu, agora, mestre infernal, o Drácula, esperando sua chegada e a reunião.
Depois de ver o filme, fica fácil perceber a semelhança e inspiração dentro do vídeo da “Tourniquet,” que vai do obscuro, ambiente decaído, a personagem bizarra e insana através de ambos; com mais importância a Renfield. Sua aparência, aparatos hospitalares em suas mãos (que Manson decorou semelhantemente em várias ocasiões durante a era Antichrist Svperstar e nos vídeos da “Tourniquet” e “The Beautiful People”) para comer os vermes e outras criaturas que rastejam em suas barrigas.
É digno de nota aqui que o homem que faz o papel do R.M. Renfield é ninguém mais, ninguém menos que Tom Waits, que Manson citou recentemente como um de seus ícones favoritos na música.
Também muito aplicável é que o filme do Drácula de 1992 é um dos primeiros grandes filmes dessa era a conter a, eroticamente traiçoeira, Deusa Verde do Absinto, na cena do encontro entre Mina Harker e o jovem transformado Drácula.
The Night Porter (1974) (NT: “O Porteiro da Noite” em Português), uma das inspirações mais óbvias do Manson em filmes, “The Night Porter” é sobre uma sobrevivente do campo de concentração, Charlotte Rampling, que está reunida com seu amante e torturador ex-SS que ela encontra trabalhando como um Porteiro da Noite em um hotel Vienense. O filme é bem obscuro e erótico em lidar com o relacionamento sadomasoquista do ex-prisioneiro e capturam o que eles renovam, para desanimar e relutar ambos, diante de suas reuniões. O filme também explora a decadência sexual dos anos 30 e que era cercado pela Alemanha Nazista. No vídeo controverso da Madonna para “Justify My Love,” um dos personagens pode ser visto com uma reprodução pobre da roupa de Charlotte Rampling na capa, mas mais especificamente e o interesse dos meus leitores é que deveria ser bem óbvio que Manson usou essa roupa várias vezes em 2001, na turnê e no vídeo da “The Fight Song.”
The Naked Kiss (1964) (NT: “O Beijo Amargo” em Português) é o filme noir que conta com a, agora famosa, “Mommy Dear” ou “bluebird song.” Manson cantou um pedaço dela em seu webcast no dia 15 de Dezembro de 1999, agora normalmente chamado e procurado como “The Mercury Webcast.” Esse webcast é o único em que Manson revelou o título do novo álbum como “In The Shadow of the Valley of Death” e mostrou alguns trechos de “Disposable Teens,” “The Love Song” e “Little Child,” bem como revelou a nova identificação com o símbolo do Mercúrio e outras profundas referências ocultas no "Holy Wood". A música em si, também conhecida por ter sido gravada em Francês como “Mon Enfant,” teve versões feitas por vários artistas, incluindo Wes Montgomery e Cab Calloway, na qual Manson notou como uma influência, pelo menos tematicamente no "The Golden Age of Grotesque". O filme é sobre Constance Towers, que faz o papel de uma ex-prostituta começando como uma auxiliar de enfermagem em um hospital infantil. Ela canta “Little Child” em quarto cheio de crianças aleijadas e rejeitadas. "The Nobodies", como uma mensagem de esperança e inspiração àqueles que foram espancados pelo mundo e tentam ao máximo se recuperar.
Freaks (1932) (NT: “Monstros” em Português) “Um filme favorito meu, e Anton LaVey foi responsável por isso sendo relançado. Sim, uma dica nas minhas intenções.” Um filme obscuro sobre circo dos horrores, com o trecho “One of Us,” que deriva da música "Doll-Dagga Buzz-Buzz Zigetty-Zag", bem como um dos paralelos das gêmeas siamesas Violet e Daisy Hilton, que Manson evocou na performance ao vivo da Para-Noir. Veja a seção Arte & The Golden Age of Grotesque do NACHTKABARETT.
L’Age D’Or ou The Golden Age (1930), De Luis Bunuel. Quando o filme estreiou em Paris em 1930, causou confusão nas ruas e foi, subsequentemente, banido por 50 anos por causa dos ataques viciosos contra A Igreja e classes superiores. Muitos estão familiarizados com Bunuel com sua colaboração junto a Salvador Dalí no filme “Un Chien Andalou” (Um Cão Andaluz), que ficou famoso por sua sequência aberta com paralelos da fatia de um olho de uma mulher viva com uma navalha enquanto nuvens passavam no céu. Essa é outra grande inspiração do "The Golden Age of Grotesque", que Manson também mencionou pelo nome em seu Diário.
Quills (2000) (NT: “As Penas do Desejo” em Português), um filme biográfico dos últimos anos de Donatien Alphonse Francois de Sade, mais conhecido como Marquês de Sade, que ficou preso dentro das paredes do hospício de Charenton. Para quem não sabe, a palavra “sadismo” é derivada do nome de Sade, cujas escritas encarnam essa disposição quase frequente e extrema. Se conscientemente ou não, Manson emulou de Sade em vários aspectos; sendo um homem que tem sido difamado por suas criações e resistiria ao sofrimento até a morte por sua arte. Durante as primeiras gravações do "The Golden Age of Grotesque", Manson descreveu a nova direção e tom da banda soando como “O Marquês de Sade com uma bateria eletrônica.” Futura representação dos caminhos em que a arte do Manson tem sido evocativa de Sade, à parte da grande disposição do Manson e papel no século XX/XXI que pode ser vista no filme Doppelherz. Veja a seção DOPPELHERZ do NACHTKABARETT.
SALO : The 120 Days Of Sodom (1975) de Pier Paolo Pasolini. O filme é uma adaptação da versão de Marquês de Sade feita na Itália Fascista em 1930, onde um grupo de Libertinos ricos e de classes superiores isolam um grupo de 12 garotas e garotos adolescentes em uma mansão remota para usá-los como escravos para seus crescentes desejos sexuais. Os três estágios do filme consistem do Círculo da Luxúria, sendo de suas dominações lúbricas promulgadas, O Círculo da Merda, tendo escatalogia e coprofilia, e O Círculo do Sangue, no qual o clímax das perversões era uma orgia de tortura e assassinato; com o uso desses “círculos” sendo inspirados em partes pelo mapeamento do inferno de Dante, na Divina Comédia. O filme foi feito em 37 dias, o mesmo tempo que de Sade levou para escrevê-lo secretamente na Bastilha. Subsequentemente, o filme foi banido em vários lugares do mundo e continua sendo difícil de conseguir cópias hoje em dia. Pasolini foi assassinado logo depois do lançamento do filme, em meio a implicações políticas que muitos acreditaram ter sido detido por ele ter feito o filme, então ele, literalmente, foi um mártir pela sua arte. Claro, esse tema sozinho é importante e inspirador para a maioria dos artistas, incluindo Manson, que fez várias referências semi-veladas ao filme em seu Diário, mas também por causa de seus ataques às classes superiores, que eram cruéis e instigantes o suficiente para causar retribuição física pelo seu trabalho; ilustra a arte sendo um elemento físico e tangível no mundo e algo que pode render uma quantidade tremenda de poder quando dirigido com tal eficácia. Muitos dos temas tratados no filme são muito evocativos da parte grotesca da cultura, que muitos artistas especificamente, no contexto do Manson e o "The Golden Age of Gerotesque" foram artistas da República de Weimar na Alemanha, em 1930, tais como Otto Dix e George Grosz, e também especificamente, algumas representações que eles criaram, como a fascinação do Sexo Assassino, que também reflete a parte grotesca e degradação da cultura (Para mais, veja a seção Arte & The Golden Age of Grotesque no NACHTKABARETT). E nessa categoria também inclue de Sade, outro mártir pela sua arte, preso durante grande parte de sua vida por causa disso. Certos elementos e o fluxo do filme Doppelherz são muito evocativos do Salò, e são essas inumeráveis razões do porquê do filme atuar como tal inspiração.
Muito mais sobre a influência de Alejando Jodorowski no Manson em breve.
El Topo (1970), The Holy Mountain (1973) e Santa Sangre (1990), 3 filmes do controverso diretor Alejandro Jodorowski. Por vários anos Manson citou Jodorowski como uma influência em sua arte e até o procurou para dirigir e versão em filme do livro Holy Wood, um projeto que ainda permanece intocado. A inclusão desses filmes convêm muito com o paralelo de elementos temáticos do Manson, particularmente durante o "Holy Wood (In the Shadow of the Valley of Death)". Hoje, esses filmes continuam sendo negados a terem seus lançamentos ou distribuição devido ao conteúdo controverso. O próprio Jodorowski foi citado como encorajador a comprar as cópias não oficiais, sendo assim, sua arte continuará viva.
Contribution from Maxim Marusenkov
Grip of the Strangler aka The Haunted Strangler (1958) (NT: “O Fantasma do Estrangulador” em Português). O “Buraco de Judas” é o nome da casa de strip no filme “The Haunted Strangler.” A personagem principal do filme é um escritor que investiga a execução de um serial killer que foi enforcado há 20 anos (compare: “Tenho minha gravata de vilão”; 1958 – 20 = 1938, i.e, o final dos anos 30). Entretanto, quando ele acha um bisturi usado pelo homicida, ele encontra-se possuído pelo espírito do assassino e começa a cometer assassinatos parecidos. O escritor começa a golpear as strippers do Buraco de Judas: “...tão afiado, eu estou sangrando/No meu Buraco de Judas.” Então, o tema obscuro de violência sexual que começou na música “Spade,” continua em “The Bright Young Things.”
E uma boca de alta definição
Buraco de Judas
Begotten (1989), outro filme bem obscuro e controverso; dirigido pelo mesmo indivíduo que dirigiu “Shadow of the Vampire.” O filme é da onde deriva a gravação do vídeo da “Cryptorchid,” com o Manson atuando como um dos personagens representacionais de uma maneira abstrata.
Phantom Of Paradise (1974), é uma versão ópera-rock do “Fantasma da Ópera” de 1970. Outro filme que foi considerado à frente do seu tempo e sua inclusão aqui é um pouco autoexplicativa, dada as expressões faciais e os dentes de metal que são vistos facilmente como uma inspiração para o Manson.
Swing Kids (1993) (NT: “Últimos Rebeldes” em Português),um filme que retrata a cultura rebelde do Swing na Alemanha dos anos 30 e seu conflito com o nascimento da revolta Nazista. O nascimento do partido Nazista tomou o controle em praticamente todos os aspectos da vida, no qual Hitler sentiu que não era uma digna representação da pura disposição Alemã. Trabalhos de arte progressivos foram confiscados, queimados ou leiloados, considerados como “degenerados.” A música Jazz e Swing também foram consideradas como tal, demonizados como música “Nigger Kike.” O filme fala sobre a vida de quatro “Swing Kids,” cada um cujo são afetados diferentemente por suas dicotomias de influências de polares opostos. O termo “Swing Heil,” que entoado por eles no filme, era um mantra usado pelos “Swing Kids” nos anos 30 e cantado pelo Manson na faixa título do "The Golden Age of Grotesque", para depreciar e ironizar o cumprimento “Sieg Heil” do partido Nazista.
Para mais, veja a seção Arte "Degenerada" do NACHTKABARETT.
Cabaret (1972), muito similar ao “Swing Kids," retrata a vida de uma jovem Americana dançarina de cabaret em uma das boates decadentes da Alemanha, o “Kit Kat Clyb”; cuja vida e aqueles que ela amou são jogadas na desordem com a revolta Nazista, e suas calúnias e incursões em tais boates atacam suas dançarinas.
Federico Fellini's 8½ (1963), sempre considerado por ser um dos primeiros e melhores cineastas surrealistas, 8½ fica sendo como o filme marca registrada de Fellini. Lida com um escritor de filmes frustrado, que, através de sua frustração, se coloca dentro do próprio filme. Na criação do filme, Fellini fez isso. Mais recentemente, o filme “Adaptation” de Nicholas Cage tem exatamente o mesmo tema do 8½, com um filme que é sobre um cineasta frustrado, que se coloca dentro do próprio filme, que, na verdade, vira uma crônica autobiográfica da criação do filme do cineasta. Sempre considerado à frente de seu tempo e bem esotérico, é o trabalho mais conhecido de Fellini. Manson também citou Fellini frequentemente como uma influência no "The Golden Age of Grotesque". O barulho que é ouvido aos 14 segundos da faixa de introdução do álbum, "Thaeter", é um sample da famosa cena de abertura surrealista do filme, considerada uma das melhores cenas de abertura da história do cinema.
Moulin Rouge (2001), mesmo não sendo um filme totalmente relacionado, Manson gravou vocais para a versão medley da música “Smells Like Teen Spirit” presente no filme. O filme retrata a decadência da vida na noite Francesa no final do século XIX, popularizada por Toulouse-Lautrec, cujo John Leguizamo atua em algo do tipo. O filme, na verdade, é bem cuidadoso com o período do Moulin Rouge; há também vários temas ocultos ao Absinto que podem ser notados se você conhecer. Todo o elemento da Fada Verde é uma referência ao Absinto, como o “lançando a Fada Verde,” que era uma giría para os específicos elementos do Absinto. Novamente, um filme mostrando o grotesco e o decadente de uma forma muito bem feita, que faz valer a pena assistir.
Moulin Rouge (1952), veja acima para o propósito de sua inclusão. A primeira versão é totalmente sobre Henri de Toulouse-Lautrec oposto ao Moulin Rouge em si. Mostra a decadente vida na noite Francesa, bem como a disposição debochada, artística e melancólica enquanto ele passou sua companhia com prostitutas e era um escravo da criação de sua arte.
The Blue Angel (1931), um filme com o final trágico, onde Marlene Dietrich atua em um de seus papéis mais famosos; Lola, uma jovem cantora sedutora que se apaxiona e se casa com um professor da faculdade em uma prestigiada academia Alemã, apenas para, eventualmente, deixá-lo só, desgraçado e em ruínas por outro homem. A atmosfera retratada nesse filme, a fascinação e a decadência e a puída vida na noite Alemã foi uma influência no "The Golden Age of Grotesque", que faz um paralelo bem próximo a vida na noite de Paris no século XIX, na qual a performance do Manson tem sido evocativa na turnê Grotesk Burlesk.
Seven Sinners (1941), Marlene Dietrich estrelando lado a lado com John Wayne. Uma cena muito famosa dentro do filme, é uma que Manson usou como influência em sua nova estética, é onde Marlene Dietrich canta a música “The Man’s in the Mavy” de uma maneira bem similar ao cabaret, vestida com vários emblemas da Marinha, no qual Manson usou em sua roupa para o The Golden Age of Grotesque.
Para mais, veja a seção Art & The Golden Age of Grotesque do NACHTKABARETT
From Hell (2001), um retrato um tanto grotesco do final do século XIX em Londres, centrado no ator Johnny Depp, um dos amigos pessoais do Manson, que faz o papel de um detetive em busca do Jack, O Estripador. Além de Manson fazer a parte sonora do filme (mas que, na verdade, nada foi usado) e sua contribuição para a trilha sonora, “From Hell” lida com vários elementos esotéricos, como a motivação masônica/oculta para os assassinatos do Jack, O Estripador, bem como os retratos dos métodos habilidosos que o personagem de Johnny Depp usa para obter visões clarividentes, nas quais o ajudaram como detetive. Esses métodos frequentemente incluem um obscuro e sórdido ópio, usando os inebriantes efeitos do Absinto, A Fada Verde.