the NachtKabarett
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All Writing & Content © Nick Kushner Unless Noted Otherwise
In collaboration with Gilles R. Maurice
Translation by: Heather Quick
"Gostaria de me referir como o Arch Dandy da era", Manson ligou ele mesmo a uma nova persona enquanto compunha o "The Golden Age of Grotesque", e esse novo demagogo emergiu. O termo "Dandy" apareceu com associação popular artística e poética na segunda metade do século XIX na Inglaterra e França, anunciando o novo renascimento da era da decadência na arte, poesia e expressionismo. Um Dandy pode ser descrito como um indivíduo nas artes, especificamente durante essa época, com visões políticas e sociais radicais, um estilo frequentemente chocante e uma maneira de se vestir muitas vezes andrógina. O termo foi associado e popularizado pelos expressionistas da época, como Oscar Wilde e Aubrey Beardsley, que o retrato está acima. Manson citou ambos Wilde e Beardsley como influência no "The Golden Age of Grotesque", particularmente expressando sua admiração e apreciação por Oscar Wilde por sua vida e todos os seus feitos, e pode ser visto em comparação acima; Manson também ligou-se diante desses homens, evocando o estilo que revelou a decadência dessa era.
Entre as inspirações para os temas no "The Golden Age of Grotesque", você também tem que mencionar Oscar Wilde ou o Marquis de Sade, artistas que, infelizmente, foram perseguidos no dia a dia de suas vidas simplesmente por causa da imaginação ou pensamento. Seus estilos de vida, bem como o fato de colocar muito deles mesmos na arte, sempre me fascinou.Marilyn Manson, D-Side, Maio de 2003 (traduzido do Francês)
Oscar Wilde em 1882, umas das principais influências do Manson nas composições durante o "The Golden Age of Grotesque" e o original Arch Dandy. |
Manson no Verão de 2005 na primeira coletiva de lançamento online do filme "Phantasmagoria" |
GAROTAS (No espírito de Oscar Wilde):Marilyn Manson, letra da mOBSCENE
Seja obscena, seja, seja obscena/Seja obscena, baby, e não se faça ouvir
Aubrey Beardsley ficou mais famoso por suas ilustrações para a versão teatral de Salome de Wilde (um dos quais foi usado na imagem do Manson, em um cartão em flash com a preview da "The Love Song" em 2000), que foi controverso e teve o risco de perder seu dinheiro por ambos serem ilegais em representar e retratar histórias Bíblicas no palco na Inglaterra na época, o retrato muito sensual e erótico, bem como as ilustrações de Aubrey Beardsley foram chamadas de obscenas. Suas ilustrações continham e representavam frequentemente muita imagem obscena e sexualmente sugestiva. Para Salome, muitos de seus desenhos iniciais foram totalmente rejeitados pelos editores por causa das velas como símbolos fálicos, em um, um garoto se masturbando, e outro, 'Salome on settle', que representou a própria Salome segurando um objeto que era muito evocativo de um instrumento de prazer sexual para o editor. "A cada novo design cruzado na mesa [do editor], era examinado minuciosamente com uma lente de aumento de um joalheiro, de cabeça para baixo e em volta de tudo para garantir que não havia indecência escondida." As ilustrações de Beardsley como um todo, traçaram muita controvérsia por sua natureza minimalista e sensual, sendo demonizado pela crítica como "vulgaridade audaciosa e deselegância laboriosa" e que seu trabalho "tende a atrair por sua insolência muito repulsiva."
Já pode ser visto por que Manson escolheria evocar essa era por infinitas razões; por sua decadência, sua beleza através da "repulsão" e particularmente a participação do público em tal, porque é a IDADE DE OURO DO GROTESCO. E como Manson, Beardsley jogava para o público, já que a reação era como grande parte de sua arte como sua arte em si.
"Se não era todo mundo que gostava do Beardsley, ninguém poderia ignorá-lo. Algumas de suas observações eram positivas; a maioria não era - mas ele determinou alegrar da mesma forma em notoriedade e admiração. Quando a revista Public Opinion, por exemplo, disse que seus desenhos 'não pertencem ao mesmo corpo ou mente...' e que 'homens de intelecto robusto ou moral saudável' não os aprovariam, Beardsley disse ao [Robbie] Ross o quão lisonjeado ele ficou em ser classificado como 'pertencente à Escola Libidinosa e Assexuada.'”Aubrey Beardsley: A Slave To Beauty por David Colvin
Screenshot do vídeo da "mOBSCENE" Marilyn Manson, 2003. |
Pode ser notado aqui que muito da decoração e estética do Nachtkabarett é tirada das ilustrações de Aubrey Beardsley. Beardsley também fez ilustrações para uma coleção de pequenos textos e meditações chamada Bon Mots, como ouvintes, irão reconhecer o nome na letra da faixa-título do "The Golden Age of Grotesque" (exatamente como 'The Rape of the Lock' de Alexander Pope que Beardsley também ilustrou, que seria mais tarde mencionada na música "Eat Me, Drink Me"). Mas muito como a decadência e degradação da cultura na Alemanha Weimar de 1930, esse movimento de Dandismo do final do século XIX na Europa foi muito inspirador para o "The Golden Age of Grotesque", a era do revival da Decadência, Depravação e Expressionismo. E dado isso, onde sua parformance e arte são evocativas, revelando e trazendo de volta essa celebração, do expressionismo ao burlesco, vaudeville e cabaret, dá o Manson o super merecido título de Arch Dandy.
Manson, sem o sotaque, diz: "Não tenho persona chamada Arch Dandy." Então para Dalila--uma persona non grata--O Arch Dandy proclama, "Sou meramente um indiossincrata."Marilyn Manson, "These Foolish Things" post no Diário em 25/02/2002
'Bathyllus Posturing', ilustração de Beardsley da Sexta Sátira de Juvenal, 1896. |
'The Green Whore of Love' (Série 3), aquarela por Marilyn Manson apresentando uma postura similar. |
Eu era um dandy no seu gueto como um sorriso branco como a neveMarilyn Manson, (s)AINT
"Eu memorizo as palavras dos filmes pornôs/Essa é uma nova religião para mim" (Marilyn Manson, trecho da letra da "Slutgarden" no "The Golden Age of Grotesque"). Marilyn Manson no porno-gráfico vídeo banido da "(s)AINT", dirigido por Asia Argento e revelado no DVD "Lest We Forget". |
"Eu tenho um alvo - o grotesco. Se eu não sou grotesco, não sou nada."Aubrey Beardsley
Mais três ilustrações de Aubrey Beardsley para "Lysistrata" de Aristophanes, suas ilustrações pornográficas mais famosas, que ele implorou à sua editora a destruir após se converter ao Catolicismo, em uma carta que ele mandou do seu leito de morte na França: "E por tudo que é sagrado, todos os desenhos obscenos." |
Eu sou o Arch Dandy/Alguém que não presta e estou rumo/a CrashvilleMarilyn Manson, The Bright Young Things
Esquerda: Screenshot de uma cena de backstage no clipe da "This is the New Shit." Centro: O Arch Dandy em um screenshot do vídeo da "mOBSCENE." Direita: Marilyn Manson durante a era Mechanical Animals, já usando a estética Dandy, particularmente combinando com a persona Glam Rock que ele encarnou na época. |
"O Arch Dandy do Da Da! Papai, há um homem em nossa TV."Marilyn Manson, título de um post no diário em 04/07/2002.
Como sempre nas criações do Manson, e particularmente no "The Golden Age of Grotesque", esse auto-título de Arch Dandy do Dada (a parte completa do que foi revelado no trecho do diário acima) encontra suas origens em uma variedade de épocas e lugares combinados: Dadaísmo dos anos 1920 (uma grande influência no álbum, como mencionado em nossa seção Arte "Degenerada"), sobrepondo-se ao Dandismo do século XIX através da alquimia do Marilyn Manson.
A mera vista de um monóculo naquela época feria os sentimentos da insignificante burguesia, que relacionaram-se como progressivas. Mas um particular ultraje decorreu quando um dandy de um grupo Dadaísta, armado com um monóculo, trouxe a tribuna a um encontro comunista.Hannah Höch, em uma descrição da aparição de Hausmann
Enquanto essa associação de Dandy e Dada pode parecer antinatural, torna-se particularmente pertinente se considerarmos um título muito semelhante que foi usado para apelidar Raoul Hausmann, mais precisamente pela amante do artista, Hannah Höch, em sua foto-montagem 'Da Dandy' (o título que também foi reproduzido como um elemento gráfico na colagem, onde ela ironicamente referencia a hipocrisia do grupo Dada de Berlin e a sociedade Alemã como um todo, diante de seu gênero. O arranjo de várias camadas faz uma caricatura de Haousmann como uma silhueta preenchida com fotos recortadas de fins de semana de mulheres, simbolizando suas numerosas rivais jovens, exatamente como a cacofonia sugestiva de sobrepôr vozes que podem ser escutadas na música "Para-Noir", quando o Manson faz a audição com "as mulheres do mundo" para listar as razões pelas quais elas foderiam com ele...
'Da Dandy', 1919. Uma foto-montagem complexa feita por Hannah Höch, representando a cabeça de Hausmann como uma silhueta preenchida com nada além de motivos de mulheres jovens com posturas sedutoras, olhos e sorrisos direcionados a ele, evocando a dificuldade de Höch em se relacionar com o artista. |
'For God so love the world that he gave his only begotten son', 2004. Colagem no estilo Dada feita por Marilyn Manson incluindo fotografias e passagens Bíblicas, todas nas quais estão listadas em nossa página, "The God Bandaid", junto com uma análise profunda do conceito por trás do exemplar. |
O Dadaísmo foi estabelecido porque a arte chegou num ponto onde as pessas estavam se perguntando o que era possível fazer a partir do que já tinha no lugar. No álbum, o primeiro trecho que eu canto é "everything has been said before/there's nothing left to say anymore". É bem dada. Dadaísmo é bem infantil. É um pouco como uma criança que está de saco cheio de seu brinquedo e quer outro. Não há elemento intelectual nele, mas não significa que não tenha dimensão intelectual. De alguma forma, esse álbum é mais simples porque eu não apresento a filosofia de uma maneira evidente. Eu tentei pintar telas, ritmos estranhos que às vezes não fazem sentido algum. Eu também usei palavras que não são apenas incompreensíveis por todos, mas que simplesmente não existem na língua Inglesa.Marilyn Manson, Hard N' Heavy, Maio de 2003 (traduzido do Francês)
Claro que a identificação do Manson ao Dada vai muito além do mero auto-título, com a ideia de que "tudo já foi dito na arte" sendo pega emprestada de Duchamp, a espontaneidade infantil querida do Manson, e acima de todas as várias palavras inventadas meticulosamente jogadas pelo Manson em suas letras e títulos, a mais evidente é. "Doll-Dagga Buzz-Buzz Ziggety-Zag". Essas técnicas claramente evocam a maneira Dadaísta de brincar com as palavras, fonemas e onomatopeias, em suas colagens e poesia optofonética também podem ser refletidas em arranjos tipográficos para o encarte do álbum, especialmente o título "This is the New Shit" (acima, da capa do single).
Esquerda: "ABCD" por Raoul Hausmann, uma colagem de 1924 que brinca com palavras, letras e ritimos. Centro: Foto-montagem de John Heartfield em 1920 para 'Der Dada' #3, usando a mesma fotografia de Hausmann com um monóculo mais visível. Direita: "Kp´erioum", poema optofonético por Hausmann, 1928. |
Eu tenho um ”F” e um ”C” e tenho um ”K” tambémMarilyn Manson, (s)AINT
E a única coisa que está faltando é uma puta como você
Manson continuou a fazer homenagem ao grupo em seu modo blasfematório com várias colagens, incluindo a aquarela God Bandaid acima, revelada no encarte do "Lest We Forget", e mais tarde em três retratos de foto-montagens para o MarilynManson.com apresentadas abaixo:
Três montagens no estilo Hausmann representando o Manson nas encarnações de seu site, respectivamente usando o emblema em flash Celebritarian, decorando a versão de 2006 do MarilynManson.com, sua ‘Art Section’ (também de 2006), e a página de Notícias da versão do “Eat Me, Drink Me” em 2007. |
Três colagens de 1920 por Raoul Hausmann: "Tatlin at Home', 'The Art Critic' e 'Selfportrait of the Dada-Oven', prováveis influências para as montagens acima. |